quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Dica Super 8


Para saber o que acontece no cenário do cinema baiano, visitem o site da Diretoria do Audiovisual - Dimas. A página oferece dicas de mostras, festivais e cursos, além de trazer a programação mensal dos filmes exibidos gratuitamente na sala Walter da Silveira.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Produções de todo o mundo são exibidas em Salvador

Começou, no dia 8 de outubro, o 6º Festival Internacional Cinema de Salvador. Até 22 de outubro, o público poderá participar de mostras de filmes, oficinas, mesas-redondas e sessões especiais que acontecem nas salas do Circuito Saladearte.

Em todas as edições do Festival, o panorama da produção cinematográfica mundial é apresentado aos espectadores baianos. Este ano, cerca de 70 filmes, produzidos em mais de 15 países, estão na lista de exibição. O evento é promovido pelo Grupo Saladearte, com patrocínio da Vivo e do Governo da Bahia, através do Fazcultura.

Atualmente, o Festival é um dos principais eventos de cinema realizados na Bahia. Através dele, o público tem acesso a produções antigas e inéditas feitas por cineastas de todos os cantos do mundo. Além disso,o Festival promove o encontro de profissionais do audiovisual de fora e daqui da Bahia. Uma ótima oportunidade de estar ligado ao que acontece no cenário da Sétima Arte mundial e local.

Os ingressos custam R$ 14 [inteira] e R$ 7 [meia].

Confira a programação completa.

domingo, 11 de outubro de 2009

Corram! O prazo está acabando



Até o dia 15 de outubro, os cineastas de plantão poderão mandar suas produções para o Festival de Cinema e Urbanidade - Cidade Filmada. O evento, que acontecerá  nos dias 26, 27 e 28 de novembro, pretende integrar as características audiovisuais, típicas do cinema, às questões relacionadas à urbanidade. Os vídeos concorrentes deverão ter no máximo 16 minutos de duração.

Além da mostra dos curtas competidores, o festival contará com mesas-redondas e oficinas prévias de microcinema, grafite e locação.

O Cidade Filmada, foi elaborado pelos estudantes do 3º semestre de Produção em Comunicação e Cultura da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

Mais informações aqui.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Estímulo à cultura é tema de projeto da Câmara



Nos dias 13 e 14 de outubro, a Câmara dos Deputados vai votar o projeto do Vale-Cultura (PL 5798/09). A proposta visa estimular o consumo de produtos culturais, através do Programa de Cultura do Trabalhador. Através da iniciativa, os trabalhadores receberão um vale de R$ 50 que deverão ser gastos em livros, sessões de cinema, apresentações teatrais e musicais, entre outros programas de cunho artístico.

A ação, se aprovada, será uma maneira eficiente de estimular a procura por formas de expressão artística entre trabalhadores com rendimento mensal de até cinco salários mínimos. Além disso, o projeto deve injetar mais de R$ 7 bilhões por ano no mercado de bens de cultura. Espera-se então que essa medida, ao ser posta em prática, não se configure apenas como uma ação paliativa. Agora é torcer pra que mais projetos de cunho artístico-social sejam votados e executados.

sábado, 3 de outubro de 2009

Era uma vez um bairro... e um cinema!

Por Ciranda Campos e Laís Santos




A partir do século XIX, a região da Baixa de Sapateiros ficou marcada pelo seu comércio, principalmente o da venda de couro, atraindo assim muitos sapateiros de outras regiões para o local. Daí a origem do nome do bairro.

Nas primeiras décadas do século XIX, além do comércio, a Baixa dos Sapateiros ganha visibilidade pela inauguração do primeiro cinema da cidade, o Cine-teatro Jandaia. Cinco anos depois, em 1915, é construído na mesma região outro cinema, o Olympia, marcado pela suas matinês que seduziam, assim como no Jandaia, a elite das classes média e alta da cidade de Salvador.

Castelo de Maravilhas

Em 1950, o cinema torna-se a principal opção de lazer na capital, para não dizer, uma das únicas que atraía todas as classes e faixas etárias. Como aponta a professora Maria do Socorro Carvalho, na obra Imagens de um tempo em movimento: cinema e cultura na Bahia nos anos JK (1956-1961), “Era o único divertimento realmente popular naquela cidade onde pouco ou quase nada se tinha para fazer”.

Para o escritor Geraldo Costa Leal, autor do livro Pergunte ao seu avô, obra que resgata a história dos principais cinemas de Salvador, o Cine-teatro Jandaia foi o cinema mais completo existente na capital. Localizado na Rua do Alvo, na Baixa dos Sapateiros, região antes badalada pela elite soteropolitana, o empreendimento foi inaugurado em 9 de março de 1911, pelo comerciante sergipano João Oliveira.

No início, o Cinema Jandaia não passava de um simples galpão no qual eram projetadas imagens de pouca qualidade para um público mais humilde. Esta realidade permaneceu até o fim da década de 20, quando Seu João, após uma longa viagem para a Europa, decide reformar o cinema, deixando-o mais amplo e mais bonito. O antigo Cinema Jandaia passa a então ser chamado de Cine-teatro Jandaia, considerado a partir da década de 30, o espaço de lazer mais moderno e sofisticado da América do Sul.

Apelidado de “Castelo de Maravilhas” em virtude da sua magnitude, o Cine-teatro Jandaia, um dos primeiros arranha-céus de Salvador, comportava de uma só vez, 2.200 espectadores em uma área de 1.200 metros quadrados, oito vezes maior que as salas de exibição dos cinemas atuais . Artistas de prestígio internacional, como Carmem Miranda e Procópio Ferreira, se apresentaram no local em seus tempos de glória.


Palácio em ruínas

A partir da década de 60, com a expansão dos empreendimentos multinacionais de cinema na capital, aliada à falta de manutenção e ao aumento da marginalidade na Baixa dos Sapateiros, o “Castelo de Maravilhas” começa a decair. O cinema tenta sobreviver, sem êxito, com a exibição de filmes populares.

Em 1975, é construído o primeiro shopping de Salvador, o Iguatemi. Nesse mesmo período a cidade passava por transformações socioculturais, entre elas a migração do comércio de bairro para os grandes centros comerciais.

Ainda nos anos 70, Ivone Oliveira, filha de Seu João e herdeira do espaço, resolve pôr o Jandaia à venda. Fechado há mais de 15 anos, sua recuperação é parte do projeto de revitalização da Baixa dos Sapateiros, traçado em 1994.

Há três anos, a Associação Cultural Viva Salvador, fundada e presidida pelo marchand francês, Dimitri Ganzelevitch, entrou com um pedido de tombamento do espaço no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), mas ainda não obtiveram resposta.