O baiano Glauber Rocha é uma das maiores referências do Cinema Novo. Seu trabalho influenciou vários profissionais do audiovisual local e de outros estados e países. Um dos que confessaram admirar o trabalho de Glauber foi o videoartista Daniel Lisboa, em entrevista para o Super 8 baiano.
Glauber nasceu em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, em 1939. Mudou-se para Salvador em 1947 e foi então que começou a rodar seus primeiros filmes. O trabalho número um foi O Pátio (1959), primeiro curta-metragem do estado. Foi escritor, ator, jornalista, estudante de Direito, desenhista, mas foi por seu trabalho como diretor que ele conquistou reconhecimento internacional.

Fundado em 1983, o Tempo Glauber reúne, aproximadamente, 80 mil itens entre desenhos, fotos, documentos, roteiros, poesias, objetos pessoais, prêmios e produções de Glauber e de outros cineastas brasileiros. À frente do projeto, está a família do baiano. Eles contam com o apoio do Ministério da Cultura, do Fundo Nacional de Cultura e, a partir de 2010, o Governo do Estado do Rio de Janeiro também apoiará o espaço, que foi contemplado como ponto de cultura.
"Glauber é brasileiro!"
Apesar de Glauber ter nascido na Bahia, o maior espaço dedicado a sua memória fica fora do estado. João Rocha, sobrinho do cineasta e integrante da diretoria do Tempo Glauber, diz que foi o Rio de Janeiro que fez a proposta de abrigar o espaço e proporcionou sua fundação. “Glauber é brasileiro! Qualquer local do Brasil serviria para sediar a instituição. Enquanto estava em Salvador, o acervo ficava em guardado em malas”, explica João.
Mas, há planos de abrir uma filial em Salvador. Segundo João, o projeto já está em andamento e vai possuir cópias digitais do acervo e uma administração local.
Ouça alguns sons captados durante as filmagens de A Idade da Terra, última produção de Glauber:
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